
O jornalista Dalton Di Franco, apresentador do programa Plantão de Polícia, a maior audiencia da TV em Rondonia lamentou a atitude do governo federal em se negar a atender o pedido do governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), para a instalação de um hospital de campanha na capital do Estado, Porto Velho.
No último dia 4, Confúcio Moura decretou "estado de perigo iminente e de calamidade pública no setor hospitalar" de Rondônia.
Dalton Di Franco lembrou que Confúcio Moura pediu a instalação do hospital e o envio de militares para prestarem atendimento aos pacientes da capital.
Na semana passada, lembrou Dalton, uma comissão interministerial (com representantes da Defesa, da Saúde e da Integração Nacional) veio até Porto Velho para analisar a situação do atendimento médico. "Pelo que parece os técnicos de Brasília só vieram passear pelo hospital, fazendo fotos, e rabiscando algumas informações", disse Dalton.
A cúpula do Governo Federal nao se comoveu com a reportagem que a Globo divulgou no Jornal Nacional, deslocando a equipe do JN no ar, para Porto Velho, para mostrar para o Brasil, que "nós em Rondônia, não só conhecemos, como vivemos na pele". No dia 29 de dezembro passado, um irmão de Dalton Di Franco morreu nos corredores do João Paulo II. Ele deu entrada pela manhã, mas só foi atendido as 19h30 quando sofreu uma parada cardíaca, num local denominado sala de sotura, que segundo Dalton "parecia mais um açougue".
- Como eu, muitas pessoas perderam parentes no Joao Paulo por falta de atendimento, uma dor que jamais vai cessar. É um absurdo. Os responsáveis por esse estado de calamidade deveriam ser punidos com algumas horas de cadeia, no Urso Branco, para sentir na pele o peso de suas irresponsabilidades no gerenciamento da coisa pública. Mas, pelo que temos visto na imprensa,isso jamais acontecerá. O ex-vice-governador, ao inves de estar sendo punido, está descansando nas praias de Santa Catarina, escoltado por policiais militares pagos pelo povo de Rondônia.
ASSESSORIA TÉCNICA
Após a viagem dos técnicos, o governo federal decidiu não montar o hospital, mas oferecer uma assessoria técnica a Rondônia. "Ora, de teoria estamos cheios. O governador pediu atitude, não papo furado", protestou Dalton.
- Isso é uma palhaçada, disse o apresentador do Plantão de Polícia. O Governo Federal está brincando com o povo de Rondônia e ninguém fala nada. Os politicos com mandatos nao se pronunciam. Eles dão as costas ao sofrido povo que padece pela falta de atendimento médico. O governador Confúcio luta sozinho para prestar atendimento médico aos pacientes.
Dalton Di Franco recordou que o pronto-socorro João Paulo 2º, em Porto Velho, é o hospital com problemas mais graves. Ele recebe pacientes de Rondônia, do sul do Amazonas e do interior da Bolívia, mas não tem estrutura para atendê-los.
O hospital te 147 leitos, abriga 320 internados, conforme informou o novo diretor-geral da unidade, Sérgio Mello. Os pacientes dormem em colchonetes no chão e em cadeiras nos corredores.
O secretário de Saúde de Rondônia, Alexandre Muller, disse que ainda não foi comunicado oficialmente da decisão. "Mas, se for oficializado, receberemos a informação com tristeza. O hospital de apoio seria ideal para retirarmos doentes do chão", afirmou.
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