DALTON DI FRANCO

DALTON DI FRANCO
Jornalista, escritor, radialista, administrador de empresas, pós-graduado, professor universitário e Advogado. Ele já foi vereador, deputado estadual e vice-prefeito de Porto Velho (RO)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Brasil explode em violência... E você, vai continuar fingindo que não tem nada com isso?



AUTOR: Danny Bueno


Esta semana, a Organização Internacional Human Rights Watch (HRW), sediada em Nova York, teceram pesadas críticas ao comportamento da polícia brasileira que de modo genérico foi qualificada como no mínimo "abusiva", com o registro de altos índices de violência, tortura e atrocidades desumanas.

Na sua maioria foram destacados os tratamentos dispensados a prisioneiros de unidades prisionais das mais variadas categorias, onde imperam a prática da tortura física e mental.

Fora dos muros das prisões, as ocorrências em que os erros cometidos por policiais que confundem cidadãos comuns com bandidos tem crescidos com expressiva visibilidade, desde os grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e as demais capitais, Cuiabá, Porto Velho, Campo Grande e até mesmo Curitiba que até bem pouco tempo apresentavam pequenos traços nas estatísticas nacionais de número e grau criminal, passam a pontuar cada dia mais nas páginas dos relatórios de entidades ligadas ao crescimento da violência internacional.

Já é fato que, junto com a explosão populacional e o crescimento econômico do país, o que não significa que a classe mais pobre venha a ter se livrado da exposição cotidiana a violência, basta ver os resultados das ações militares que se fizeram necessárias nas ocupações dos morros e favelas cariocas, onde a situação vem se tornando tão insustentável que se medidas paramilitares não forem tomadas provavelmente nenhum cidadão de bem conseguirá mais sair de casa.

Mas, o que dizer da nossa região norte amazônica, onde até poucos anos, apesar dos constantes registros de mortes por pistolagem ou briga de famílias por domínios de terras, bem como as disputas entre facções de narcotráfico, que vez ou outra disputavam o domínio da rota do tráfico boliviano, conhecido internacionalmente há décadas, porém, de dez anos para cá o aumento galopante de crimes passionais, por motivos fúteis e banais, por objetos insignificantes, por violência doméstica e por assuntos absurdos tomaram conta das páginas policiais e até mesmo sociais.

Casos onde esposas encomendam a morte de maridos por dinheiro, filhos contratam assassinos e em alguns casos participam como mentores das mortes dos próprios pais e ainda a crescente onda de corrupção entre membros das instituições criadas para guardar e proteger a vida de seres humanos, sem grande surpresa somos mortificados com novas manchetes que envolvem até mesmos os altos escalões da segurança pública e da republica em alguns casos, prova disso é o sucesso estrondoso do filme Tropa de Elite I e II, que retrata fielmente o submundo da polícia brasileira, infelizmente.

Tá, mas ai você vai me dizer que tudo isso já existe há anos, apenas somos mais bem informados com o avanço das tecnologias da comunicação moderna, porém, eu não me lembro de que antes dessa facilidade em se propagar as boas e principalmente as más notícias, alguém tinha informações de tão descomunal intensidade nas práticas diárias, diria eu horárias, de novas formas de se noticiar a perda de uma vida, se eu não fosse um homem com fé na natureza humana, diria até que em alguns casos parece até nasceu uma nova modalidade de assassinos que agem movidos por sugestões midiáticas que os motivam a serem o astro do dia e aproveitarem seus 15 minutos de fama diante das câmeras, só para não se verem jogados ao esquecimento completa de uma vida de insucessos.

A verdade é uma só os bons tempos não voltam mais, acabou-se a cortesia, a educação e princípios mais básicos da moderna como um dia idealizamos estão mortos, como o amor ao próximo e principalmente o amor próprio, decrete-se a falência da natureza humana e entronize-se a demência e a selvageria que está vencendo a disputa no campo do coração do mais intelectual dos animais, o homem, que um dia se gabou de ser o único dos seres vivos a possuir a semelhança de Deus.

Sei que estou sendo pra lá de piégas, mas gostaria de estar redondamente enganado, mas chego a conclusão a cada novo plantão de notícias de que estou mais certo do que nunca, ou será que devo também anestesiar a minha consciência e continuar fingindo que não tenho nada com isso?

A violência caminha lado a lado nas ruas com os meus filhos e por isso ainda não me vejo entregue, mas, e você, já aceitou a nova ordem social que estamos assistindo instalar-se ou também pretende resistir por Amor aos seus filhos? Afinal a vida e o futuro deles estão em nossas mãos quer você concorde comigo ou não.


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Danny Bueno - Jornalista/Publicitário DRT 1183/MT (FENAJ 80610)

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