

Dalton Di Franco viveu dois grandes momentos na extinta rádio Eldorado, pertencente ao Grupo Mário Calixto de Comunicação. Na primeira, quando iniciou a carreira de comunicador. A segunda, no retorno da rádio Caiari, já como estrela de primeira grandeza.
A trajetória de Dalton Di Franco iniciou quando ele foi apresentado, em 1978, ao então diretor, o baiano Ivan Gonzaga. Apesar de ser jovem, ele já naquela época demonstrava versatilidade no que fazia.
Nascido no Seringal Recreio, na Vila de Ariquemes, no dia 2 de dezembro, Dalton na verdade começou a trabalhar na imprensa aos 10 anos de idade. Ele varria a redação do extinto O Combate, do falecido jornalista Inácio Mendes, cuja redação funcionava na rua Duque de Caxias, próximo à igreja de São Cristóvão.
Na época, o salário que ele recebia eram dez jornais por semana. "Quando eu conseguia vender os dez exemplares era uma maravilha", recorda.
Depois de ficar um tempo no jornal, Dalton fez bico vendendo banana na rua, lavando carro e engraxando sapatos nas praças Jonathas Pedrosa e Marechal Rondon. Sempre na parte da tarde vendia picolé na porta dos colégios John Kennedy e Murilo Braga.
Foi assim o inicio da labuta desse profissional nascido na época em que Rondônia era Território Federal e formado por apenas dois municípios: Porto Velho, que abrangia desde a Capital a Vilhena, e Guajará-Mirim, que abrangia todo o Vale do Guaporé. Como Ariquemes era distrito de Porto Velho, Dalton é portovelhense, portanto.
No ano de 1972, Dalton conseguiu o seu primeiro emprego de carteira assinada, com salário fixo, no Posto de Molas Paraibana. Seu cargo: oficce-boy. Ele recorda que o dono, José Gonçalves, não o tinha como empregado, mas como um filho. "Em um ano de trabalho, foi promovido a auxiliar de escritório e depois a caixa", relembra citando o nome de Daniel Nascimento, na época o maior incentivador de sua carreira. Daniel era o encarregado do escritório e é hoje importante líder evangélico da Assembléia de Deus.
Dalton Di Franco ainda trabalhou com a família Prado, no centro. Sipriano Prado, já falecido, foi seu primeiro patrão, nas Lojas Prado onde era um faz-tudo, executava limpeza, fazia serviço de banco, cobrava, vendia e fazia a vitrine. Depois ele trabalhou com o patriarca dos Prado, Miguel Prado, na loja Odarp´s Modas.
Mas foi no ano de 1978, que Dalton ingressou com afinco na imprensa. Ele foi apresentado a Ivan Gonzaga pelo radialista Zinaldo Fernandes. Na época Zinaldo lecionava no Colégio Rio Branco e Dalton era seu aluno. Hoje Zinaldo é inspetor aposentado da Polícia Rodoviária Federal.
"A rádio Eldorado estava funcionando em fase experimental e o Zinaldo era locutor-noticiarista", recorda Dalton. "Eu tinha vontade de trabalhar em rádio e perguntei a ele o que era necessário para ser radialista. Zinaldo respondeu-me que era preciso apenas ter boa leitura".
Depois de ser apresentado a Ivan, Dalton recorda que levou um chá-de-cadeira de várias semanas. "O Ivan só faltava pisar no meu pé, mas fazia que não me via sentado na ante-sala de seu gabinete, na rádio". Certo dia ele o atacou de surpresa. "Vá à delegacia e faça uma reportagem por telefone", ordenou Ivan.
O prédio do 1º DP, no Cai-N´água, foi à delegacia escolhida. Depois de conversar com o comissário de nome Raimundo, até convencê-lo de que era “repórter”, Dalton ligou para a rádio e fez a reportagem. "Eu tremia mais do que vara verde no meio do temporal", diz recordando a experiência com o microfone.
Aprovado com restrição – “tem que melhorar, e muito”, segundo Ivan Gonzaga - Dalton começou a trabalhar na rádio. Inicialmente como repórter de pista nas transmissões esportivas. Na época, usava o nome artístico de Rômulo Araújo e atuava ao lado de Bosco Gouveia, Carlos Terceiro, Nonato Neves, Herculano Brito, entre outros.
Além da área esportiva, Dalton fazia reportagens de polícia para o Grande Jornal Eldorado, apresentado por Waldemar Camata, recém-chegado do Paraná, e Silva Queiroz. Camata usava naquela época o nome artístico de Ingo Salvatorre.
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