DALTON DI FRANCO

DALTON DI FRANCO
Jornalista, escritor, radialista, administrador de empresas, pós-graduado, professor universitário e Advogado. Ele já foi vereador, deputado estadual e vice-prefeito de Porto Velho (RO)

sábado, 21 de abril de 2007

Nasa identifica atirador e revê segurança após ataque em Houston


21/04/2007 - 08h59

da Folha Online
Com France Presse, Associated Press, Reuters, Efe e CNN

Oficiais da Nasa (agência espacial americana) lançaram uma investigação sobre suas medidas de segurança após o ataque do atirador William Phillips, 60, que matou um funcionário no Centro Espacial Johnson, em Houston (Texas), nesta sexta-feira. O atirador se matou após ficar cerca de quatro horas isolado em uma sala do segundo andar de um prédio no local. A violência desta sexta-feira atinge o país em um momento em que os Estados Unidos continuam em luto pelas 32 vítimas do pior massacre em um campus universitário nacional na história, cometido na última segunda-feira (16) na Virgínia.Ontem, o agressor entrou armado na sala de conferências do prédio 44, que abriga escritórios de comunicações e engenharia da Nasa, e determinou que todos deixassem o local, às 14h40 (15h40 de Brasília). A polícia acredita que o primeiro refém tenha sido morto nesse horário, quando tiros foram ouvidos dentro do prédio. Além de matar um funcionário, Phillips manteve uma refém com os pés e as mãos atados a uma cadeira durante a invasão do centro, que fica em Houston, no Texas. Ela foi libertada sem ferimentos graves. "Neste momento estamos tentando entender porque e como isso aconteceu", disse Mike Coats, diretor do Centro Espacial Johnson, em uma entrevista coletiva. Coats afirmou que havia revisado os procedimentos de segurança do centro espacial no começo da semana devido ao massacre no campus do Instituto Tecnológico da Virgínia (Virgínia Tech), onde um estudante matou 32 pessoas antes de cometer suicídio na última segunda-feira (16). O porta-voz da Nasa Doug Peterson disse que a agência vai revisar suas medidas de segurança. Para entrar no centro espacial, funcionários devem apresentar cartões de identificação a guardas de segurança. Os cartões permitem apenas o acesso a prédios específicos.Phillips, identificado pela Nasa e pela polícia de Houston, aparentemente estava tendo problemas com o funcionário assassinado, segundo o chefe de polícia Harold Hurtt. Ele não especificou o tipo de problemas nem informou uma possível causa para o ataque.VítimaA vítima era David Beverly, 62, funcionário da Nasa. Ele levou um tiro no peito nos primeiros momentos da invasão ao prédio, segundo a polícia. Sua mulher, Linda, informou que ele era especialista em sistemas elétricos e sentia que trabalhar para a Nasa era sua missão. "Ele realmente acreditava estar contribuindo", disse. Linda Beverly confirmou já ter ouvido menções sobre Phillips por parte de seu marido, mas se negou a especificar os comentários. Segundo ela, "não seria justo" com Phillips.A segunda refém era Fran Crenshaw, funcionária terceirizada que trabalhava para a empresa MRI Technologies. "Ela foi muito corajosa e exerceu uma influência calmante nesse episódio. Aparentemente, Crenshaw foi capaz de manter uma boa relação com o atirador, porque não temos conhecimento de ameaças a ela em nenhum momento", disse Hurtt.AtiradorPhillips era funcionário da Jacobs Engineering, empresa sediada em Pasadena, California, que fornece serviços para a Nasa. Ele trabalhou para a agência espacial por cerca de 12 anos e "até recentemente era um bom empregado", disse Coats.Ele não era casado e não tinha filhos, além de aparentemente viver sozinho. Phillips deixou mensagens números de telefone e nomes de pessoas a serem contatadas após seu suicídio. A polícia disse que ele escreveu um bilhete em um quadro na sala, mas seu conteúdo não foi revelado.O presidente dos EUA, George W. Bush, foi informado sobre o ataque na Nasa enquanto voltava para Washington depois de um evento em Michigan, informou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.AçãoA polícia chegou ao local ontem após receber relatos de tiros sendo disparados no prédio. O edifício foi esvaziado e a polícia bloqueou vias do centro espacial. Horas depois, após ouvir outro tiro, policiais entraram na sala. Eles encontraram o refém e o suspeito mortos e uma mulher com os pés e as mãos atadas com fita adesiva. Uma escola secundária próxima ao local havia recebido recomendações para trancar as portas e não deixar ninguém entrar ou sair. Os portões foram abertos para permitir a saída dos cerca de seus cerca de 1.200 estudantes antes o fim da crise no centro.Após uma orientação para permanecerem dentro dos prédios, funcionários de outros edifícios do centro receberam permissão para sair durante a tarde de ontem. A permissão foi dada antes de ser divulgada a notícia do suicídio. O Centro Espacial Johnson abriga centrais de controle de várias missões da Nasa. O centro foi inaugurado em 1961 e conta com 3.000 empregados, a maioria deles engenheiros e cientistas. O episódio foi o segundo ataque a chocar os Estados Unidos nesta semana, após um estudante matar 32 pessoas antes de cometer suicídio no campus do Instituto Tecnológico da Virgínia (Virginia Tech) na última segunda-feira (16). Foi o pior massacre em um campus universitário na história dos Estados Unidos. A tragédia na Nasa se une ao luto que já havia tomado os EUA nesta sexta-feira. Por todo o país, foram realizadas cerimônias de homenagem não apenas pelas vítimas do massacre em Virginia Tech mas também pelo aniversário da tragédia na escola Columbine. Há oito anos, dois adolescentes mataram 13 pessoas antes de se matarem em Columbine, no Colorado.

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